quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Procura uma criança.

Procura se criança.

Procura-se criança desaparecida!!! Criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos. Ela pulava, ria e ficava feliz com brinquedos velhos. Usava chupeta, jogava pião, brincava na chuva, corria nas calçadas, subia nas árvores. Vibrava quando lhe ofereciam brinquedos novos. Dava vida a latinhas, soldadinhos de chumbo, bonecas. Brincava de médico, era enfermeira ou paciente. Coleccionava pedrinhas, figurinhas, devorava ovos de Páscoa. Ah! escrevia cartinhas para o pai natal. Soltava balões e brincava de "passa anel". Batia palmas no circo, adorava animais, brincava de roda, ficava feliz quando se empanturrava de sorvete. Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava. Fazia beicinho quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com os seus amigos, a sua pureza, e a sua inocência. Onde ela está? Para onde foi? Quem a encontrar, avise-nos. Ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco a alegria da infância e deixando a alma dar gargalhadas. Pois, afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a saltar à corda". Para não deixar morrer essa criança que todos temos dentro de nós, deixe-a sair, sonhar, porque isso é uma das poucas coisas que não custam nada.

Nenhum comentário: