terça-feira, 23 de agosto de 2011

COMO UM RIO DE AMOR



Como um rio indo pelas suas margens,
procurando o refúgio de sua foz,
assim sou eu no encontro de teus braços,
no aconchego de teu ventre, que me sossega.

Como um jardim, repleto de mil cores,
dando-se ao sol, que o poliniza,
eis o nosso amor, em asas de mariposas,
cobrindo o nosso chão, de novas sementes.

Como um imenso campo, de erva verdejante,
onde o olhar é firme, ante a emoção,
assim nós, numa intensíssima harmonia,
que é mister do verso, que versejando vou.

Como aquela floresta, a perder de vista,
que tem da passarinhada, os belos gorjeios,
de mãos dadas caminhamos unificados,
escutando nossas vozes, a meio à natureza.

Como um barco de regresso ao alto mar,
percorrendo espumas e os azuis dos azuis,
são os nossos sonhos viandantes,
trazendo-nos à memória, o que não cala.

Como tudo que é e logo permanece,
porque assim é e nasceu para ser em nós,
do amor fazemos nosso baluarte,
e alto o pendão, cumprimos nosso enlace.

Jorge Humberto

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