quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O VALOR DAS PEQUENAS COISAS


Senhor, não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espirito.

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguem, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim. E ter paciência para que a vida faça o resto

O Valor das Pequenas Coisas

Roque Schneider




Em cada indelicadeza, assassino um pouco aqueles que me amam.

Em cada desatenção, não sou nem educado, nem cristão.

Em cada olhar de desprezo, alguém termina magoado.

Em cada gesto de impaciência, dou uma bofetada invisível nos que convivem comigo.

Em cada perdão que eu negue, vai um pedaço do meu egoísmo.

Em cada ressentimento, revelo meu amor-próprio ferido.

Em cada palavra áspera que digo, perdi alguns pontos no céu.

Em cada omissão que pratico, rasgo uma folha do evangelho.

Em cada esmola que eu nego, um pobre se afasta mais triste.

Em cada oração que não faço, eu peco.

Em cada juízo maldoso, meu lado mesquinho se aflora.

Em cada fofoca que faço, eu peco contra o silêncio.

Em cada pranto que enxugo, eu torno alguém mais feliz.

Em cada ato de fé, eu canto um hino à vida.

Em cada sorriso que espalho, eu planto alguma esperança.

Em cada espinho, que finco, machuco algum coração.

Em cada espinho que arranco, alguém beijará minha mão.

Em cada rosa que oferto, os anjos dizem: Amém!

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