quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

poema



Senhor não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espirito.


Aprendi que não posso exigir o amor de ninguem ; posso apenas dar boas razôes
para que gostem de mim, e ter pasciência para que a vida faça o resto.



Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.

William Shakespeare

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