APELO AO VENTO...
Vento que assopra, não tens rumo certo
Embaralhando as Páginas da Vida?
Trazes de longe... pra doer tão perto
E revolver a dor de uma ferida!
Vento que agita em cada arremetida,
Que em remoinho pelo céu aberto
Amassa a folha qu'inda não foi lida
E em espiral se perde no deserto...
Tem calma, vento, sopra evanescente!
Deixa que o Livro à Vida se revele,
Como a chuva fecunda uma semente.
Eu sei que o Renascer à dor impele!
Que seja manso o parto e tão somente,
Sopro de brisa a me roçar a pele.
Sylvia Cohin
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