sábado, 12 de novembro de 2011

CAI A NOITE DE SILENCIO


Noites de Silêncio!

Delasnieve Daspet




Silêncio!
Todos os segredos da noite
São meus.
Fito imóvel o passear do silêncio.
Tudo tão quieto no mundo em que vivo.
Tudo tão mudo na mudez que é minha.

A metade do mundo dorme.
Só meus olhos abertos fitam
A escuridão indizivel!
Penso:
Existirá outro alguém
Que como eu espera a sua estrela,
Dentro de sua própria noite?!

Noite tão escura.
Tão densa.
Tão negra bruma.
Sem olhares.
Sem pensamento.
Sem verdades.
Sem mentiras.
Ôcas.
Sem vida.

A voz do vento, alimenta minha paz
me faz sentir criança
sem perguntar o que sinto.
Vai levando mansamente
Sem nenhum barulho,
Apenas o vazio.


E eu, ridiculamente só,
Na amplidão do universo,
Na madrugada me entrego
Ao devaneio e a saudade
Do sonho já perdido!

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