quinta-feira, 10 de novembro de 2011

MÃOS


Senhor, não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espirito.

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguem, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim. E ter paciência para que a vida faça o resto.

Mãos



São tao pequenas.
Tão tímidas.
Escondidas nas nossas sombras...

Na volúpia dos corpos
trêmula acaricia
com dedos de veludo
as tuas mãos...

E num crescente,
( num bolero de Ravel ),
mão tão salientes,
- já não reconheço! -

Com fantasia,
com sede e fome,
uma serpente
te busca louca!

Ah! mãos!
Minhas mãos...
Tuas mãos...
Já foram inocentes!
Agora indecentes,
se apertam,
se abraçam,
se unem,
se amam,
com fascinio e frenesi!

Mãos nuas,
loucas,
ardentes,
gotas de desejo,
que acariciam,
beijam,
tocam,
sentem,
Nos amamos assim
Tarde de chuva!

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