Rosa Cálida.
Que vontade de sair
Voar, correr, espairecer...
Fugir das quatro paredes, sem janelas,
Onde o ar esta parado, pesado, viciado.
Lá fora, a liberdade, me aguarda,
Como estará o dia?
Ou já será tarde?
Ou quem sabe... anoiteceu?
Não vi... não via!
Olhei um ponto inexistente,
Encurralei-me em brumas profundas,
Abracei-me na poltrona.
Imobilizada pela lembrança.
Fiquei presa na teia,
Rosa cálida, saudade!
Olhei-me espantada,
Eu, um corpo adormecido, ao meu lado,
Arfava o peito, respirava ritmado....
Desci a cortina de pano fino,
Lá fora, o mundo encenava,
Uma peça bem diferente da minha...
____________Delasnieve Daspet
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